05 Filmes jurídicos para assistir na quarentena #2 (LISTA NOVA)

dezembro 26, 2020

Devido ao sucesso do post (10 Filmes jurídicos para assistir na quarentena), trago a Vossas Excelências uma nova lista de recomendações com filmes SENSACIONAIS para aqueles e aquelas que adoram (ou assim como eu, amam) filmes com histórias jurídicas.

Se você é uma dessas pessoas confere essa lista abaixo e depois me conta la no Instagram (@debatedireitoig) o que você achou e também, para comentarmos sobre o filme (sou desses também)

Sem mais enrolação, vamos ao que interessa:


1) Os 7 de Chicago (Netflix)

No ano de 1968, diferentes grupos contrários à Guerra do Vietnã se reuniram em um grande protesto em Chicago, local em que acontecia a Convenção Nacional Democrata - evento que anunciou a candidatura de Hubert H. Humphrey à presidência. As coisas saíram do controle, houve tumulto e alguém tinha que pagar por isso. A decisão do governo foi acusar um seleto grupo de pessoas de conspiração em um julgamento que entrou para a história do país. Esse evento histórico é a matéria prima de Os 7 de Chicago, drama histórico de Aaron Sorkin na Netflix, que aproveita seu elenco estelar em um enredo poderoso que ultrapassa as paredes do tribunal.

Por conta da grande cobertura por parte da imprensa, os protestos de Chicago tiveram o slogan de “o mundo inteiro está assistindo”. Em seu segundo filme como diretor, o renomado roteirista Aaron Sorkin usa essa mesma máxima para fazer com que Os 7 de Chicago seja não apenas entendido, mas sentido, por espectadores de qualquer parte do mundo. Essa intenção fica clara logo de cara, quando a montagem rápida explica em questão de minutos a instabilidade social que levou ao famoso tumulto. (Omelete)

Minha opinião: Para começar é preciso ter ciência que os 20 primeiros minutos são um pouco entediante. MAS, superado esse curto espaço de tempo, o filme é simplesmente SENSACIONAL!

Primeiro, por ser baseado em fatos reais. Segundo por mostrar o quão injusto pode ser um julgamento na mão de um juiz inquisidor, racista e, o mais comuns no Brasil, os nada imparciais.

O Estado muitas vezes não se preocupa em julgamento justo e sim em um resultado útil. Mas útil a eles, ao ego e a ganância.

E o mais legal é no final quando é relatado os fatos reais que acontecerem após o julgamento de verdade.

Vale muito a pena assistir.


2) Marshall (Netflix)

Antes de se tornar o primeiro juiz afro-descendente da Corte Suprema Americana, Thurgood Marshall (Chadwick Boseman) deve lutar num caso pode definir sua carreira: defender Josepho Spell (Sterling K. Brown), um homem negro que está sendo acusado de atacar uma socialite branca em seu quarto, mas que jura não ser o culpado do crime.

Minha opinião: Para quem conhece a história americana sabe o quão importante é o caminho e os desafios do primeiro homem negro a ocupar uma cadeira da Suprema Corte Americana! E claro que para chegar lá, antes de tudo foi um excelente advogado, porém, não adianta dominar a técnica jurídica se existem juízes, jurados, promotores e cidadãos que partilham dos ideais da KKK.

Esse filme vale muito a pena para repensarmos as injustiças que crenças ideológicas e racistas podem influenciar em julgamentos. 


3) A firma (Prime Vídeo)

Mitch McDeere (Tom Cruise) é um jovem advogado vai trabalhar com um alto salário e diversas vantagens em uma firma em Memphis. Porém, logo descobre que a empresa onde trabalha está envolvida com lavagem de dinheiro da Máfia e que todos os advogados que saíram ou tentaram sair da firma morreram precocemente, de forma misteriosa. O filme questiona o código de ética, que mantêm em sigilo da relação do advogado com o cliente, que proíbe por toda a vida que um crime cometido por um cliente seja revelado por seu advogado.

Minha opinião: Aqui já não é um filme baseado é fatos reais e sim, em um livro do John Grisham que escreve diversas obras de cunho jurídico. Embora não seja baseado em fatos reais o enredo é muito interessante e me manteve preso na história. Mostra bastante sobre a ética da advocacia e escritórios de advogados, que muitas vezes, são administradas por grandes -e mafiosos- advogados.


4) Suprema (Prime Vídeo)

Ruth Bader Ginsburg (Felicity Jones) se formou em direito nas instituições mais prestigiosas do país: Harvard e Columbia, sempre como primeira aluna de sua turma. Mesmo assim, ela enfrentou o machismo dos anos 1950 e 1960 quando tentou encontrar emprego, sendo recusada pelos principais escritórios de advocacia. Na função de professora, ela se especializou em direito relacionado ao gênero, decidindo atacar o Estado norte-americano para derrubar centenas de leis que permitem a discriminação às mulheres.

Minha opinião: Simplesmente esplêndido. Uma história baseada em fatos reais da trajetória da primeira mulher que assumiu uma cadeira na Corte Suprema dos Estados Unidos. A luta dela pela aceitação das mulheres como protagonistas de suas próprias histórias e pela equiparação de direitos entre homens e mulheres faz desse filme uma obra prima.


5) O Preço da Verdade - Dark Waters (Prime Vídeo)


Em Dark Waters - O Preço da Verdade, Robert Bilott (Mark Ruffalo) é um advogado de defesa corporativo que ganhou prestígio trabalhando em casos de grandes empresas de químicos. Quando um fazendeiro chama sua atenção para mortes de gado que podem estar ligadas ao lixo tóxico de uma grande corporação, ele embarca em uma luta pela verdade, em um processo judicial que dura anos e põe em risco sua carreira, sua família e seu futuro.

Minha opinião: Confesso que esse filme não me atraiu muito, pois não foca muito na parte argumentativa/defensiva dos Tribunais e sim, em pesquisa de campo, busca de provas para derrubar uma empresa ambientalista que polui a água. A temática é interessante, é um bom filme, vale a pena para quem gosta desse estilo. 

Por hoje são essas as dicas que passo a Vossas Excelências, espero que sejam úteis. Maratonem sem moderação!


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